domingo, 26 de junho de 2016

E agora?

Hoje desejei que todos os meus sonhos se realizassem, o que para mim é impossível. Não porque eu não acredite que possam tornar realidade, mas porque eu não sei quais os são. Em alguns dias meus sonhos era minha graduação (estou no 8° período de Direito), era casar com aquele namorado que eu achava lindo e perfeito pra mim (eu que terminei), outras vezes era só comprar um monte de roupas (que me endividei) e uma casa só para mim, mas agora são coisas irrelevantes.
Agora eu desejo sumir, desejo que ninguém me encontre, que ninguém se lembre de mim, desejo desacordar. Com seis comprimidos de quetiapina de 100mg cada, eu consegui chegar onde eu queria agora, dormi, não ouvi ninguém, não sabia de ninguém, e nem sabia se alguém sabia que existira. Foi a melhor parte do meu dia.
Chamam minha atenção por não corresponder as expectativas que colocam sobre mim, mas se esquecem que eu preciso corresponder as primeiramente em mim, e olha, não são poucas e tenho dificuldade, dificuldade de cumpri-las e de entendê-las.
Hoje acordei e pensei "dia que posso fazer o que bem entender'' tomei a medicação, dormi, acordei zonza, não conseguia ficar em pé por muito tempo, quebrei um bomboniere, mas assim que eu deitava tudo melhorava, e era assim que queria está, e assim estou, "estava deprimida, bem, deprimida não, mas estava desanimada com a estrutura toda, o jogo todo, a vida toda."
Eu fico pensando em que ponto que a vida desanda. Em que ponto do caminho que a gente escolhe o que a gente tem em mãos no momento. Quando é que acontece esse momento que dita o que a gente vai viver lá na frente. Onde é que se perde o controle de tudo, e a vida não passa de um dia após o outro. Eu tenho medo disso. De apesar de estar dando os passos ‘certos’, num piscar de olhos me perguntar ‘o que eu tô fazendo aqui, que casa é essa, que vida é essa, que pessoas são essas ao meu redor?

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