segunda-feira, 30 de junho de 2014

ENTENDA-ME POR FAVOR


O que é pior? Não sei o que é pior, alguém lhe estender a mão, dizer que pode contar com ela em qualquer momento, você confiar, se abrir e, automaticamente a pessoa te olha e diz "tudo para chamar atenção". O que você faz e sente em relação a isso? Puta que pariu, será que ninguém um dia vai conseguir te entender, será que não tem capacidade suficiente para ver que se fosse para chamar atenção você já teria surtado desde o começo? Realmente eu não sei se alguém merece o seu respeito. Será que no mundo só existe pessoas incompreensíveis? 
É por isso que você não acredita que alguém pode te ajudar, não é? É por todas as vezes alguém colocou o dedo na sua cara e disse que você não tem motivos para isso? É por te julgarem, por te compararem com alguém que está morando na rua ou que ta na UTI tentando voltar a ativa, não é? É por falarem que vão te ajudar e sumirem?
Dai você olha de um lado para o outro e vê que está sozinho, que ninguém pode te ajudar além de você mesmo, mas você não está dando conta. Você começa enumerar o que de tão ruim acontece. Será que ninguém consegue ver o vazio que você sente, de nunca encontrar pessoa que realmente se entreguem a uma amizade ou amor, será que ninguém está disposto a ser sincero o tempo todo? Por que as pessoas juram fidelidade quando não são fiéis nem a si mesmas? Por que você sente tanto o comentário infeliz que alguém faz? Por que você não consegue apenas esquecer? Por que têm que ser tão estúpidos com você? Quantas foram as vezes que você se desdobrou para que a amizade não estremecesse? Quantas vezes você brigou com alguém por conta das suas amizades? 
Você pensa que mesmo se conseguisse tudo nesse mundo, uma hora tudo irá acabar, você vai morrer, as pessoas que você ama vão morrer, o mundo irá acabar. Por que tem que haver tanta diferença? Por que tem que ter pessoas tão felizes e pessoas tão tristes? Pessoas com tantas companhias e pessoas tão sozinhas? Isso não é algo que intriga as pessoas? Será que o ignorante é realmente mais feliz?
Pois bem, sabe a vez em que a pessoa que você mais ama no mundo, disse que você irá se arrepender de tudo o que está fazendo ela passar? Eu sei que isso acaba com você, porque não é algo que você queira sentir e passar, eu sei que isso só da mais e mais motivos para você se afundar, que te dar vontade de sumir de todos assim será um peso a mesmo, uma tristeza a menos. Talvez o segredo da vida é ser o sortudo que não conseguiu penetrar o óvulo da mamãe.

sábado, 28 de junho de 2014

HELP ME

Pode até parecer egoismo da minha parte querer morrer. Mas ninguém pode dizer que fui fraca, pelo contrario, fui muito forte. Minha vida toda, sempre ouvi pessoas dizendo o quão forte eu deveria ser, que iria ficar tudo bem e que todos no mundo tem problemas, frases típicas de quem não sabe o que dizer. Pode-se dizer que o momento que penso em morrer é o único momento que penso mais em mim do que nas outras pessoas. 
Sabe, sempre penso, o que exatamente farei da minha vida? Nada me vem à cabeça, dai percebo o quão sem sentindo tudo está. Os planos já não significam mais nada, os sonhos? Ah, são apenas sonhos. 
Viver já não faz parte das minha opções. Pequenas coisas me sufocam. Relacionamentos, amores e amizades, nos consome, chega um tempo que não consigo mais acreditar em ninguém, pessoas que dizem que querem te ajudar, parecem pisar nos seus dedos quando você está apenas pendurado com as mãos para não cair no poço. Dai desisto de falar sobre qualquer coisa com alguém. Me faltam palavras diante de tudo, mas ainda tenho a esperança de conhecer alguém que poderá falar para mim qualquer coisa que me salve e me tirar desse pesadelo sem fim, mas eu realmente não sei o que a pessoa poderia dizer pra mudar tudo isso. Sempre esperei que percebessem que algo estava errado, mas ninguém percebeu. Cansei de está rodeada de pessoas e ainda sim me sentir sozinha. Somente quem está sozinho, sabe o quanto a solidão é desesperadora, o quanto ela corrói. 
Agora um puta de um desabafo, nunca diga a alguém que está se sentindo péssimo, que existem pessoas que estão piores do que ela, você estará fazendo o papel da pessoa incompreensiva. Uma pessoa não se sente bem apenas por ter dois braços e duas pernas, senão, os psicólogos e psiquiatras atenderiam somente deficientes físicos, ou moradores de rua, porque não tem uma casa. Quando você diz isso é como se a dor da pessoa não fosse real, como se você estivesse dizendo foda-se, você não tem motivos. Ela mesmo já pensa nisso sem ninguém precisar dizer.
Eu realmente tentei mas acredito que felicidade não é uma dádiva concedida a todos nem a alegria uma conquista de todos.
"Aparentemente, o mundo não é uma fábrica de realização de desejos. Eu passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas que me amavam. Você trinca os dentes. Você olha para cima. Você diz a si mesmo que se eles o virem chorando, aquilo vai magoá-los, e você não vai ser nada mais que uma tristeza na vida deles."

DECIFRA-ME E AJUDA-ME

Liza sempre muito sorridente e feliz aos olhos de todos que a conheciam, sempre falante e brincalhona. Adora sair, viver aventuras que vão de sair de casa escondido a ir seguir alguma folgada por ai, descobrir onde ela mora e ir bater na porta da casa dela, só para provocar. Sempre acharam a Liza calma, em paz, mas o que ninguém sabia é que Liza carregava dentro de si, algo que somente ela sabia, o que era inexplicável e indefinível. Uma dor, um vazio, que ela tentava preencher de todas as formas possíveis, mas parecia que a solução disso estava distante.
Liza começou a pensar o que havia de tão errado, será que ela era egoísta a ponto de querer que todos se importassem com ela? Talvez ela fosse ingrata por não saber reconhecer o que ofereciam a ela? Será que ela sente muito ou sente pouco por aqueles que ela ama? Será que são suas atitudes que afastam as pessoas dia após dia? Ou será que as pessoas são tão estúpidas a ponto de fingirem ser o que não são? Liza se pergunta isso todos os dias, nunca obtém respostas plausíveis. Liza também pergunta: O que é a sua vida? Acordar, estudar, trabalhar, voltar para casa cansada, se decepcionar com alguma coisa que alguém fez ou ela mesma fez, se contorcer na cama antes de pegar no sono, com uma dor que ela não sabe fazer como parar. Liza não se imagina nos próximos dois anos, ela quer saber o que será dela, como conseguir suportar algo insuportável. Ela grita e nenhum som sai, ninguém a escuta, se escuta não a entende. Ela está sozinha e não consegue se levantar. Liza pede socorro a cada sorriso e a cada “está tudo bem” que dá a alguém. 
“Ela sempre enfurecia-se sozinha, irritava-se sozinha, suportava sozinha suas intensas convulsões emocionais, das quais ninguém nunca participava.” (Anais Nin)

MOSTRA-ME E ESCLAREÇA-ME

“Faça algo de que goste hoje. Ande de montanha-russa. Nade pelado no mar. Vá para o aeroporto e pegue o próximo voo para qualquer lugar apenas por diversão. Gire um globo terrestre, pare-o com o dedo e, em seguida, planeje uma viagem para aquele lugar. Mesmo que seja no meio do oceano, você poderá ir de barco. Coma alguma comida exótica da qual nunca ouviu falar. Pare um estranho e peça a ele lhe explicar em detalhes seus maiores medos, suas esperanças e aspirações secretas, e em seguida diga-lhe que você se importa. Porque ele é um ser humano. Sente-se na calçada e faça desenhos com giz colorido. Feche os olhos e tente ver o mundo com seu nariz - permita que o olfato seja a sua visão. Ponha o sono em dia. Ligue para um velho amigo que você não vê há anos. Arregace as pernas da calça e entre no mar. Assista a um filme estrangeiro. Alimente esquilos. Faça alguma coisa! Qualquer coisa! Porque você inicia uma revolução, uma decisão de cada vez, toda vez que respira. Só não volte para aquele lugar miserável para onde vai todos os dias. Mostre-me que é possível ser adulto e também ser feliz. Por favor. Este é um país livre. Você não precisa continuar fazendo isso caso não queira. Você pode fazer o que desejar. Ser quem quiser. Isso é o que eles nos dizem na escola, mas se você continuar entrando naquele trem e indo para o lugar que você odeia, vou começar a achar que as pessoas na escola são mentirosas, como os nazistas, que disseram aos judeus que eles estavam apenas sendo transferidos para trabalhar nas fábricas. Não faça isso conosco. Diga-nos a verdade. Se ser adulto significa trabalhar a vida inteira em um campo de concentração que você odeia, se divorciar do marido criminoso, se decepcionar com seu filho, ficar estressada e infeliz, namorar um impostor e fingir que ele é um herói quando, na verdade, ele é uma pessoa ruim, e qualquer um consegue ver isso só de apertar sua mão pegajosa - se as coisas não forem melhorar mesmo, eu preciso saber agora. Apenas me diga. Poupe-me da porra de um destino terrível. Por favor.” - Forgive me, Leonard Peacock