segunda-feira, 11 de julho de 2016

Quem foi a Isadora em vida?

Há quem diz que era brincalhona, divertida e sempre sorridente, Há quem diz que era séria, nunca sabia se podia dar um bom dia ou não. Há quem diz que exalava amor, e havia quem dissesse que era fria.
Não importa o que diziam, o que importa é que ela na tristeza, acreditava que os amigos e família eram como camas elásticas, que reduzem o impacto dos sofrimentos e nos impulsionavam a buscar uma alegria que já não se fazia presente. Ela aprendeu que as pessoas não somem simplesmente, só perdem o interesse de alguma coisa que você tinha ou simplesmente de quem você é, Que você compreende o próximo carregando as dores alheias na garupa da sua bicicleta.
Descobriu que não existe uma forma de ganhar o mundo e nem a felicidade sem perder um pouco de si mesma. Também descobriu que o tempo não volta, a confiança não volta, a gente não volta, e mesmo se a gente voltar, a gente não volta. 
Quando ela estava sozinha, ela as vezes se perdia na imensidão do seu mundo paralelo, onde ela criava pessoas, coisas e formas que as satisfazia de algum jeito, dando alivio a ela, mas de repente, alguém a interrompia, e ela pensava 'me deixa ser feliz mais um pouco, só mais algumas viagens sem rumo, e um pouco de confissão e um ouvido amigo também'.
Ela pensava o porquê de ser tão vulnerável, ela não gostava disso. Ela tentava se reencontrar nos seus devaneios. Sempre admirava as pessoas que sabiam usar bens as palavras, mas sempre preferia as que a deixava em silêncio quando necessário.
Era como alguém na sua realidade, aquela que escondia para que ninguém visse, acordava com a alma cansada de conviver com seus monstros, com a cabeça destruída e com a voz que nunca a deixa. Ela já tentou pensar coisas boas, já tentou ser boa, mas fracassou, foi fraca, repensou antes de intitular a vida como ruim, se pôs a culpa, se desculpou, se culpou de novo, culpou os outros, ou pensou que talvez a culpa não fosse de ninguém.
TALVEZ, ela estivesse errada, e nunca tenha se sentido só, mas na realidade ela tenha sido a melhor forma de entretenimento para ela mesma. Talvez ela tenha cansado de conhecer ou desconhecer pessoas.
Enfim, os monstros, são enormes, eles a assusta, existiam dias que a apavorava, ela não conseguia se controlar, parecia que ia quebrar tudo, se quebrar, se machucar, machucar os outros, não se importar com ninguém além dela mesma. Para ela triste é ir embora sem dizer adeus. 

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